STOP! A brincadeira de criança virou arte

04-11-2011 10:33

Por Fabiana Alves

 

Na correria pelo Centro de São Paulo, de repente uma música suave e algumas bolinhas de sabão chamam a atenção das pessoas que transitam por ali.


 


Duas estátuas vivas, vestidas impecavelmente, Fernando Pessoa e Notícias do Bem apresentam a cidade aos moradores, visitantes e turistas. Basta colocar alguns trocados na caixinha para que Fernando Pessoa, tão majestosamente, segure a sua mãe e Notícias do Bem lhe entregue um pedaço de papel com algum recado, que te faz suspirar ao ler o bilhetinho.
 
As estátuas são uns dos talentos mais apreciados, suas roupas nem parecem reais, de tão perfeitas, a postura dos dois artistas às vezes nos deixam em dúvida se são realmente pessoas ou peças de mármore.
 
A trilha sonora fica por conta de grandes nomes da Música Popular Brasileira, algumas pessoas cantam junto, outras fecham os olhos, mas não há ninguém que passe e não dê ao menos uma “olhadinha”.
 
É impressionante, não sei se é a música, ou a habilidade dos artistas, que com seus gestos simples, como um aperto de mão, um sorriso, uma mexida no lápis, ou no chapéu, fazem deste cenário um lugar em destaque em meio aos carros, lojas e meio aos acontecimentos da cidade.
 
O espaço é pequeno, mas o espetáculo é grandioso, dá vontade de ficar ali pra sempre.
 
Azerutan
 
Considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa e da literatura universal, Fernando Pessoa é representado por Antonio Carlos, artista que adotou o nome de Azerutan e trabalha como estátua viva há mais de 15 anos.
           
Além do escritor, Azerutan também pode ser visto como Santos Dumont, Oxaguian, São Francisco de Assis, Ganesha e Anjo, só para citar alguns e para ficar tantas horas na mesma posição o artista já fez yoga, dança, expressão corporal e teatro.
 
Segundo o artista, o nome Azerutan é uma e homenagem a um índio da tribo Xicuru-Triri de Pernambuco. Azerutan é também natureza escrita ao contrário.