Nos muros da metrópole

03-11-2011 16:42

Por Fabiana Alves

 

O grafite, de todos os elementos da arte de rua, sempre foi o mais discriminado, considerado até um ato de vandalismo e, em alguns países, até considerado crime com penas severas da lei. Uma arte mal compreendida pode assim ser chamada. È sempre bom lembrar que a arte dos desenhos é uma das artes mais antigas entre os seres humanos. Os séculos se passaram, muitas coisas mudaram, os grafiteiros estão um pouco mais reconhecidos, mas sabemos que ainda falta bastante para essa grande arte e esses artistas chegarem aos seus lugares, lugares esses de reconhecimento e respeito por grandes ilustradores que colorem e deixam as nossas cidades mais bonitas. Para saber um pouco mais da vida e do que pensam esses artistas conversamos com o grafiteiro Rafael Veiga, 22 anos conhecido como Raf Du Graff que grafita há 13 anos pela cidade de São Paulo, que optou pelo grafite por apreciar a liberdade que arte o proporciona. Raf também é formado em design gráfico, e diz que a faculdade também o ajudou a aperfeiçoar os seus traços e a amar ainda mais a arte que faz.


Vem pra Rua: Comece falando como você teve contato com o grafite, como e quando você começou com essa cultura?
Raf Du Graff: O meu contato com o grafite foi nas ruas com os “camaradas”, comecei aos 9 anos com a arte do grafite fui me aprofundando e pesquisando, claro colocando a arte nas paredes e papeis.


O que tornou o grafite o seu foco?
A liberdade, toda vez que grafito me sinto livre nos traços, posso fazer como eu quero e utilizar as cores inesperadas por um artista comum.


Hoje em dia, o grafite já está mais integrado na vida dos brasileiros, o que você acha da interação do grafite no meio urbano?
Sem duvida o grafite esta e muito maior do que na época q comecei, hoje já têm incentivo do governo, muitas crianças que começam hoje em dia tem apoio nas escolas, e com isso faz com que a sociedade aceite mais essa arte de rua, que querendo ou não o grafite bem feito faz com que a cidade fique mais bonita.


Quais as suas influências e referências?
Os gêmeos que fizeram umas estações fora dos país, o Binho que faz grandes artes em 3D e lanços e a revista 3mundo.


E pra finalizar, deixa um pouco do que significa o grafite hoje na sua vida e os contatos.
Hoje em dia o grafite significa muita coisa, pois me trás liberdade, e com essa arte ajuda muito no lado profissional que tenho hoje em dia, alem de fazer algo que me agrada posso usar de teorias que aprendi nos muros e passar um pouco para quem nem espera ter visão desse lado. Acredito q o grafite chegou para mudar a vida de muita gente q vive nas favelas crianças que não tem o que fazer, com uma boa influencia invés de pichar vai aprender a arte das letras ou desenhos que expressam a sua rotina de vida. Por mais que esteja crescendo esse estilo de vida ainda falta muito no nosso país para que possamos dizer com todo orgulho eu grafito eu fiz aquele “trampo”, pois muitas pessoas ainda descriminam essa arte e julga como vandalismo, para aqueles que conhecem a arte sabem que um bom grafite faz parte de uma boa sociedade, ninguém sai para grafitar sozinho sempre tem um companheiro e cada vez tem que aumentar esse companheirismo nas favelas e no mundo.
Contato: raf.tagnamente@hotmail.com