Da zona sul para o mundo
Por Fabiana Alves
O Vem Pra Rua foi atrás dos artistas que fazem a nossa cidade mais colorida, e encontramos o grafiteiro Gustavo Albano, crew GUGA, um garoto de 19 anos que encontra na arte de rua inspirações para sua casa, seu quarto e na sua vida. Ele, que abriu as portas de sua casa para mostrar que a sua arte vai além das ruas, está também no seu dia-a-dia desde a hora em que acorda em seu quarto. Albano aprendeu com os companheiros do bairro onde mora, Jardim São Francisco, zona sul da cidade de São Paulo, a arte de grafitar e produzir artesanatos. Conversamos com ele sobre o grafite e outros assuntos.
Vem Pra Rua: Como foi o inicio da sua vida no grafite? Desde quando você viu que estava envolvido com a arte de rua?
Gustavo Albano: O meu início no grafite começou no ano de 1998, quando ainda criança vi alguns vizinhos já grafiteiros, e quando saía para passear com meus avós para algum lugar do centro, achava tudo muito bonito, achava o máximo os grafites dos Gemeos, Fedos, Tinho, entre outros. Daí comecei a me interessar ainda mais pela arte. Em 2000 ganhei a minha primeira revista de grafite onde eu arriscava pintar algumas camisetas.
Qual a inspiração para seu trabalho e como foi o seu processo de evolução?
A minha inspiração é o meu dom, é Deus. Foi Ele que me deu este dom. Pinto e arrisco meus artesanatos para Ele, agradecendo por me fazer assim. Evolução na arte é constante, certo? Porque a cada dia buscamos o aperfeiçoamento a cada peça feita e cada parede ou papel pintado.
Diga os nomes de quem mais você se identifica e admira nos rolês.
Os Gemeos, Does, Mundo, Shock, Binho, Eco, Gueto, Dion, Fedos, Binho, Eco, Gueto Maumeks, Pifo, Dedo, Maze, entre outros.
E a pichação, o que você pensa sobre isso?
Acho verdadeira demais, é um “acorda” para o povo.
Qual o recado que você dá para quem está começando agora?
Que cada grafite seja sua arte, e seja bem vindo a esse mundo onde há preconceito, discriminação por muitas vezes, mas que tá sempre na paz curtindo seu trampo. Um salve a todos que estão lendo está entrevista.